domingo, 19 de setembro de 2010

In the end I'll be there, I'll be standing by your side.

Então, após soltar um longo suspiro ela disse, o que toda pessoa gostaria de ouvir. Disse que lhe amava, com um brilho nos olhos, que nenhuma mentira seria capaz de encobrir.
Ele, por trás de seus óculos com uma pequena expressão de surpresa, não sabia ao certo o que dizer.
Pois sabia que á amava, e sabia que ela soubera disso, desde o momento em que eles se beijaram. Mas mesmo com tudo isso, ele não sabia expressar, porque acreditava que Eu te amo já não era mais suficiente.
Ela não se mexia, apenas notava-se o pequeno e compassado movimentar do seu peito. E seus olhos, aqueles grandes olhos azuis, da cor de um mar tempestoso á fitá-lo.
E ele ainda não sabia o que dizer, ajeitou seu óculos, como que; para disfarçar a ansiedade, respirou fundo e disse.
Por um momento, lhe passaram milhões de sensações na cabeça, de arrependimento á certezas.
Mas foi com o sorriso e a calmaria daquele mar concentrado em suas íris, que ele percebeu que ela acreditara naquelas palavras.
E foi com o coração fervendo, que ele tomou seu rosto em mãos, que não eras grandes. Mas sim, do tamanho exato de seu amor por ela, e lhe deu um beijo. Um beijo que misturava tudo que ele tinha vivido de melhor até ali.
Desde as pequenas coisas, até aquele primeiro beijo, dado entre eles.
E ele, que não acreditava em magia, sequer em coisas desse gênero. Teve de admitir, que ali existia uma ligação sobrenatural.
Uma coisa inexplicável entre dois corpos, mais que isso, duas almas. Um laço que era parcialmente inseparável. E teve de admitir também, que aquela ideia, lhe agradava e muito.
Pois ali estava sua vida, com ela o seu coração. E naqueles momentos, toda a felicidade existente.
Ele se pôs a rir, assustando-a. Novamente ajeitou o óculos, diante de seus pequenos olhos ambares.
E com um sorriso, que os diminuíam mais ainda, disse:

- Tudo está bem, tudo ficará bem, se permanecermos juntos. Para sempre


Carolina Liar - Something To Die For ♫

sábado, 18 de setembro de 2010

It was my turn to decide, I knew this was our time.

Uma noite sozinha e fria, com tudo que podia dar errado, dando errado. Com todos contra ela. Com tudo desfavorável, fazendo questão de aparecer.
Com as pessoas mais odiáveis, sempre dando as caras para ela. Não aguentava mais isso, precisava sair, se libertar. Queria tanto fugir daquilo.
De toda a coisa que machucava e lhe trazia dor. Mas ao mesmo tempo que ela queria isso, desejava não sair dali. Não mover sequer um músculo de seu corpo.
Porque ali, ao lado dela, estava tudo que ela mais presava. O carinho, a compreensão, a delicadeza, a beleza. Todo o amor, em uma pessoa só.
Por ela, que a moça não desistia, não largava tudo e sumia. Porque essa pessoa sozinha, concentrava toda sua razão de viver, toda a sua felicidade.
Os momentos de riso e daquele choro bom, todas as coisas que ela ia se lembrar para o resto da vida. E pelas vidas seguintes também.
E o medo dela de deixar aquele lugar era tanto, que a menor ideia de morte corrompia-lhe tudo. Porque sim, ela sabia, que a única verdadeira coisa, que seria capaz de tirá-la dali, seria a morte.
Porque nem todas as pessoas juntas, nem todos os motivos do mundo, juntos, fariam isso. Porque aquela era felicidade mais pura, que um ser podia experimentar.
Porque todos os dias eram perfeitos, todo minuto era inesquecivel e sua vida, nunca, seria um clichê.
Mesmo que ela passe todos os seus dias, frios e sós, sabia que tinha alguém. E que esse alguém, mesmo com os dias assim, nunca deixaria ela, se sentir daquele jeito.
Porque esse alguém era tão especial, que as vezes ela não acreditava que fosse real. Mas ao tocá-lo, ela podia ter certeza disso. Porque ela sentia não só a sua pele.
Ela via o seu sorriso e o brilho de seus olhos. Ela sentia seu coração acelerado, só pela proximidade, e seu cheiro.
Que era melhor do que a junção de todos os melhores aromas da natureza.
Ela estava feliz, mesmo que tudo terminasse naquele instante. Ela estava feliz.

Jimmy Eat World - 23 ♫