domingo, 29 de agosto de 2010

Medo

Tenho medo de perder, de perder tudo. Sou um ser humano movido por medo.
Medo de perder minha família, meus amigos, de perder uma das pessoas que mais amo na vida.
Medo de ME perder, de me desviar do caminho, de não conseguir mais voltar. De tomar decisões erradas e não poder consertá-las.
De magoar pessoas, como tenho medo disso. De ficar sozinha, ou com muita gente. De não me reconhecer mais, não conhecer a Morgana em mim.
De mudar. De mudar o que eu sou. Como sou e quem serei. Tenho medo do futuro, na real, do presente também. Temo ele, com todas as forças.
Como se todos os meus medos estivessem juntos, me induzindo a fazer coisas, coisas que não quero. Medo de perder a confiança nas pessoas que me rodeiam.
De perder a esperança de viver, de perder meus exemplos, de perder tudo que mais prezo na vida. Tenho medo da solidão, a única coisa que sempre me acompanha.
Lado a lado, sempre. Como uma segunda sombra, me vigiando. Na espreita, a espera de um vacilo.
Tenho medo de morrer, sim. Tenho medo da morte, que ela me leve e leve tudo o que tenho. Que leve eles, antes de mim. Ou que me leve antes deles.
Tenho medo de fazer com que as pessoas sofram. Tenho medo de viver, porque quem vive, morre. Medo, medo, medo, medo...


Nickelback - Hero ♫

Patrimônio Público

Um ato, um segundo para decidir. E quantas coisas deixamos de fazer por isso. Uma atitude a ser tomada, um pensamento a ser levado á sério.
Ou uma palavra que deveria NÃO ser dita, quantas coisas fazemos ou não, por medo e exitação. Quantas vidas deixamos de salvar por um simples estender de mãos? a minha, a sua. Vai saber...
As pessoas se tornaram tão individuais, onde foi parar todo o carinho? Todos estão capitalizadamente cegos, diante do mundo. Me pergunto, quando precisar de alguém, sera que receberei ajuda? imagino que de poucas pessoas, de poucas que realmente ainda. Ainda se importam com algo. Tenho medo de perde-las, perder para o mundo.
Perder para outro alguém, o bem mais precioso que tenho. Que nem mesmo sob todo dinheiro ou riquezas do mundo, eu venderia. E que posso compartilhar, sem esperar nada em troca.Não é questão de recompensa, é de felicidade.
Amigo, esse é o meu maior bem.


Legião Urbana - Índios ♫

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Conceitos

Indo trabalhar hoje, estava observando a rua e percebi o quão grande e velhas eram as árvores de um terreno ao lado. Vi também, um outdoor manchado e que mesmo assim, ainda chamava a atenção das pessoas que passavam. E isso me fez pensar, em como possuímos uma visão delimitada de tudo.
Por mais que, passemos por várias coisas na vida, só escolhemos ver o que realmente nós queremos, do jeito que melhor nos agrada.
Entendi isso, ao passar pela mesma rua que passo á dois meses, e ver tudo diferente. Ver coisas coisas que sempre estiveram ali e eu nunca tinha parado para verdadeiramente observar.
Como uma casa mal pintada, mas que mesmo assim possuía uma certa beleza, um pátio com grama alta, onde os pássaros voavam de um lado para o outro, a própria grama.
Pequenas coisas, que fariam a diferença em um dia qualquer, se fossem percebidas por olhos que prestam atenção, não que acham defeitos.
E assim são as pessoas, só enxergam nos outros o que lhes interessa ver. O que melhor se encaixa com a ocasião ou com as boas aparências.
Não vêem o que está diante dos olhos, mesmo sendo estranho. As pessoas tendem á modelar os outros, e não percebem que o errado, está nelas.
Do modo como vemos, sempre do mesmo jeito. Com o mesmo ponto de vista e isso se torna algo imutável. E as imagens que se chocam com isso, são tratadas de um modo diferente.
Mas temos que entender, que não existe um conceito de visão, cada um vê a mesma coisa, de uma maneira distinta. E a partir do conceito de "não-visão" pode-se tomar decisões.
Ou deixar de tomá-las, sim. É algo confuso, totalmente confuso. Só abra sua mente, enxergue o velho, de um jeito novo. Observe tudo de um modo diferente, você não tem nada a perder. Porque, por mais que as coisas se tornem extremamente complicadas e visivelmente sem solução. Pode-se convir que, sempre se tem dois caminhos á seguir.
Basta á cada um, decidir qual será o seu melhor.

Saint Veronika - Billy Talent ♪

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Falta

Não sei exatamente o que escrever. Já abri isso várias vezes e não me saiu nada.
Porque tudo na minha cabeça agora é um nome, um sentimento, uma vontade. E tudo isso está longe, tão longe de mim.
Todas as coisas que tenho, abriria mão delas, por isso. Tudo é tão sem significado e vazio. Quando isso me falta.
E o que eu mais queria era sair berrando ao quatro cantos do mundo o quanto necessito disso, o quanto cada segundo sem, me mata por dentro.
Porque por fora é tudo imperceptível, por fora é tudo normal e pacato. Enquanto por dentro, é revolta, loucura, ódio.
Queria não me importar com nada, que todos ficassem longe de mim. Só queria uma única coisa.
Mas é impossível, não consigo não me importar. Mesmo não querendo, há coisas que ainda me importam. Pessoas com quem me importo.
Talvez sumir e levar isso comigo, mas não resolveria. Fugir do problema não trás a solução, só adia ter que resolvê-lo.
Queria estar exatamente aqui, com tudo que tenho, com as pessoas que me rodeiam e seus problemas insolúveis.
Com o ódio e a desgraça do mundo, todas as doenças e tristezas. Mas com meus amigos e minha felicidade.
E o mais importante, com aquilo que me faz falta por perto, bem perto de mim. Ao meu lado.


Hit Bottom - Carolina Liar ♫