sexta-feira, 25 de junho de 2010

Passado

Sabe, pensando hoje; enquanto sai correndo para dar conta de fazer 3274623457736476 coisas ao mesmo tempo.
Percebi que eu ODEIO responsabilidade, mesmo. E todo aquele papinho de que responsabilidade trás maturidade, que transforma as "crianças"
em adultos, que ajuda a gente a crescer na vida. Já ouvi isso inúmeras vezes, e continuo mantendo minha opinião.
Todas essas pessoas bem sucedidas que se mantém dizendo que cresceram á partir dela e blabláblá.
Quero dizer um foda-se BEM GRANDE, para todos eles e sua maldita responsabilidade --'
Quem não queria ainda, poder correr pela rua, brincar de pega e pique-esconde até tarde. Jogar bola e chegar em casa todo ralado?
Com as roupas sujas e rasgadas, ou brincar com o grupinho de melhores amigas, de barbie e salãozinho durante todas as tardes.
Coisa que aliás, nunca fiz. Gostava mesmo era da bagunça, da rua, de provocar briga. E que conste aqui, meus amigos eram quase todos meninos.
Agora me digam, por favor. Quem em boa saúde mental trocaria isso por RESPONSABILIDADE? Bom, não eu.
Não trocaria nada disso, por horas estressantes no trabalho, por quebrar a cabeça no ensino médio ou na droga de faculdade.
Por ter que passar noites acordada fazendo trabalhos e estudando para provas, eu queria mesmo era não me preocupar.
Ter a inocência de uma criança e não ter que arcar com nenhum problema. Sim, sei que isso é imaturo e infantil.
Que posso estar tendo uma opinião errónea, mas era isso que eu mais desejava. Ser criança de novo e aproveitar mais, se possível. O que eu aproveitei muito.
Poder ter o direito de ter medo, sem ter que encará-lo, escondendo-me em baixo da saia da mãe, colher goiaba no pé e comer até ter dor de barriga.
Chegar em casa parecendo um menino perdido, de tanta sujeira, IAUSEHASUIEHSAUIHSIEU. Eu fiz isso!
Ou matar minha família de preocupação, pela demora á chegar em casa. Por andar de bicicleta, cair de bicicleta e levar pontos por causa disso.
De ser o Super Herói mais forte de todo planeta e poder fazer coisas MARAVILHOSAMENTE fantásticas (H). Por poder ser qualquer coisa.
Sem realmente ter que ser eu, eu mesma. Rotulada, sempre. Por ter minha gangue de pirralhos (onde eu era a chefe, haha)
Por comer doce, AAAAAAAAAH, os doces. Até minha mãe perder a paciência e me xingar por comer tanto.
E o que mais sinto falta é de poder chorar, sem ter que dar explicações, simplesmente chorar. Um choro fininho, maroto. Ou aquele aos berros.
Chorar, por medo de bicho papão, por medo de perder a mãe, ou de apanhar de alguém maior. Chorar por ter perdido o desenho preferido ou por estar com medo de dormir sozinho, medo do escuro e de palhaço (SIM, EU TINHA MEDO DE PALHAÇO, IUASEHUIASHASEIUH)
Chorar, por tanta coisa pequena. Que me foi tirado o direito. Mas agora estou exigindo. QUERO ELE DE VOLTA, injusto te-lo me tirado.
E depois disso, é á pleno pulmão que digo: Peter Pan, me leve para a Terra do Nunca, que prometo não querer voltar e ficaremos sendo crianças para sempre *--*


Love Lost - The Temper Trap ♫

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