sábado, 19 de junho de 2010

Certezas

Não entendo as pessoas e suas omissões. De querer falar a verdade, mas não dizer absolutamente nada.
De saber toda a verdade e não expressa-la, de TER a verdade e não compartilha-la.
Sabendo que ambos sabem, mas mesmo assim. Não dar sinal de saber. Apesar do saber ser relativo.
Sei que sabemos, sim. Sabemos. E o saber trás dúvida e mistério. Coisas que não compreendo, que me amedrontam e me fascinam.
O quão sedutor é a dúvida para mim, o oculto e misterioso? Algo que não sei medir. Trazer a dúvida, revela o pecado.
O fraco é pecador. O forte resiste, mas peca. O certo é errado, o errado é mais ainda. O que é certo? que não existe certeza, somente isso.
Talvez, nem isso. Sempre há dúvida. Ela surge repentina, ou é prolongada por vários momentos de certezas vazias. Certeza que não é mútua.
Nunca é, não é eterna. Não é resistente, nem sequer certa. Coisas mudam, as certezas mudam, deixando de serem certezas.
As próprias mudanças, mudam. Como mudam as estações, o tempo no inverno, e as pessoas. As pessoas, essas são as que mais mudam.
Mudam diariamente, á cada hora, mesmo por minuto. Repentinamente, mudam. De roupa, de expressão, ideia e opinião.
O que nunca muda, é o orgulho; isso é fato. E pessoas orgulhosas profundamente me atraem. Não admitir, não dar o braço a torcer, teimar.
Me deixar com curiosidade e dúvida. O ponto de partida, a dúvida.
Sempre voltaremos a ela, porque o saber é especulativo, que é confuso, e por fim. Duvidoso.

Sometimes (I Wish) - City And Colour ♫

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